Já estava com 16 semanas de pura ansiedade, já havia comprado roupinhas, luvinhas verdes e brancas, e fraldinhas de pano, acho que as duas maiores aflições na gravidez é mistério do sexo do bebê e o parto.
Já tinha completado quatro meses de gestação e não estava satisfeita com a obstetra que eu frequentava , já tinha mudado duas vezes, até que minha mãe me sugeriu a médica dela que havia feito o parto dela de mim, me arrisquei e fui, a melhor parte das minhas consultas do pré-natal além de ouvir o coraçãozinho do meu milagre era quando ela preenchia a requisição de ultrassonografia, eu amava demais, só em pensar que eu ia ver meu príncipe eu já lagrimava e ficava contando os dias. Finalmente o dia chegou, apesar do meu namorado ter vindo antes da casa da mãe dele pra ir comigo na consulta, nós brigamos e em cima da hora chamei minha amiga Débora pra ir comigo, apesar de estar muito estressada eu cheguei na clínica respirei fundo e deixei meus problemas do lado de fora, afinal, eu ia ver o amor da minha vida e descobrir se era um príncipe ou uma princesa.
Já era ultrassonografia abdominal para a minha sorte, entrei na sala, e como estava de vestido, tive que levanta-lo, o Dr. Eduardo Iketani passou aquele gel gelado na morada do meu anjinho ia mostrando e me descrevendo cada detalhe, as mãozinhas, os pezinhos, a cabeça, a coluna vertebral e finalmente o orgão genital, o médico me perg'untou o que eu achava que era, eu respondi que não importava que eu só queria que nascesse saudável e ele soltou aquela frase que soou como música nos meus ouvidos: -é um meninão, parabéns mamãe. Não sei ao certo o que eu senti, um turbilhão de sentimentos, lágrimas, emoção, felicidade, eu só pensava em sair contar e comprar o primeiro conjuntinho azul e contar pra todo mundo que eu seria mamãe de um príncipe (:
Algumas semanas antes eu havia feito o processo seletivo de uma universidade particular (UNAMA) e uns três dias depois da minha ultrassonografia saiu o resultado, ninguém acreditava em mim, porque afinal, eu estava grávida, faltava muito na escola, todos pensavam e diziam indiretamente que eu havia estragado minha vida quando engravidei, que meus estudos e sonhos tinham ido por água a baixo, e ao contrário do que todos diziam, meu filho foi um anjo na minha vida, e foi por ele que eu não parei de estudar, por mais que faltasse às aulas eu estudava em casa, e o resultado do meu esforço foi positivo, passei em 15° lugar, era felicidade que não cabia no peito, não tem nada melhor do que ver o resultado do seu esforço sendo reconhecido, era churrasco e cerveja que não acabava mais, recebi meus amigos e os amigos do meu namorado com um sorriso enorme, agora sim, estava tudo indo bem, do jeito que eu esperava.
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