Minha estadia na maternidade.

Quando cheguei no meu quarto, além da minha família havia uma enfermeira me aguardando, ela e o enfermeiro que me trouxe, me levantaram pelo lençol da maca e me colocaram na cama, logo a enfermeira colocou a sonda em mim e os absorventes enoormes pra estancar o sangramento devido ao descolamento da placenta, porque de certo modo é como se fosse um órgão arrancado. Eu não sentia nada, estava muito zonza, só via meus familiares batendo foto com o Luiz Henrique, me ignoraram totalmente rs, até que uma outra enfermeira chegou e colocou ele pra mamar, fiquei com medo de ele não pegar o peito, mas que nada, foi super tranquilo, eu só fiquei com medo de afogar ele, meus seios estavam enormes e a cabeça dele era tão pequenininha *-*

Depois da mamada e da sessão de fotos, deixaram ele na caminha ao lado da minha, eu não podia falar uma palavra sequer, o tempo passou rápido, quando percebi já era noite e meu marido teria que ir trabalhar, como ele é músico ele trabalha a noite, minha mãe que ficou comigo. Tudo certo, a enfermeira nos orientou a dar de mamar pro Luiz de três em três horas já que ele não acordava pra mamar, a minha mão estava muito dolorida por causa da agulha do soro que eu estava tomando, lá pelas tantas da madrugada, o Luiz tava com soluço e eu na minha inexperiência me desesperei pensando que ele estava se afogando, como eu não podia falar eu joguei um ursinho na cara da minha mãe que estava dormindo no sofá hahaha, ela acordou e perguntou o que é, e eu abestada respondi, ou seja, o plano de ficar calada pra não entrar ar na operação foi por água abaixo rs, passamos a noite como zumbis, eu não dormi quase nada, ficava colocando o dedo perto do nariz dele pra ver se ele estava respirando.

Logo de manhã umas 6:30 a enfermeira veio dar banho no Luiz, ele chorou muito e eu claro chorei junto com ele, eu me senti inútil por ver meu filho chorar r não poder fazer nada, perguntei pra ela quando eu poderia ir pra casas e ela disse que como ele estava um pouco amarelinho da icterícia ela ia nos deixar mais um dia pra observação, depois foi a minha vez de levantar e tomar banho, não conseguia nem me abaixar, as pessoas que não conhecem acham que parto cesariano é uma beleza, não tem dor nenhuma: MITO, eu sentia uma dor insuportável, além de ter que tomar banho eu tive que caminha pelos corredores pra ajudar a reduzir o tamanho da minha barriga, porque acreditem, a barriga não fica seladinha depois do parto, fica flácida, eu me olhei no espelho e me arrependi rs, ainda estava com uma barriga de 4 meses de gestação. Pra eu levantar e deitar era uma luta, pra minha sorte minha cama tinha controle remoto que flexionava, uma graaaande ajuda pra eu levantar, eu estava muito desconfortável, tinha que dormir de peito pra cima e eu não sabia dormir assim, sempre dormi de bruços ou de lado, foi muito difícil.
Lá pelas 8h meu marido chegou e minha mãe foi pra casa dormir, meu leite finalmente saiu, meus seios estavam enormes e pesados, o leite vazava muito, tive que usar as fraldinhas de boca do Luiz por dentro do sutiã, de tardinha eu recebi minha amiga Débora e a Adrielly madrinha do Luiz; chegou a hora do almoço e como era semana santa, me trouxeram um peixe desfiado com legumes, eu adoro peixe, mas comida de hospital é uma droga, não tem um pingo de sal, antes de ir embora minha sogra pediu um chá pra mim, deu pra aguentar até a noite. A segunda noite foi mais tranquila pois meu marido e minha mãe estavam lá, o Luiz acordou uma vez pra trocar a fraldinha, mamou e dormiu, na paranóia ou precaução meu marido sempre trancava a porta do quarto com medo de sequestrarem nosso pequeno milagre rs, achei fofo. 
De manhã, estávamos agoniados pra ir embora, tínhamos que aguardar a enfermeira contactar a pediatra e a minha médica pra eu poder ser liberada e tomar uma vacina, além de toda essa dor eu teria que tomar vacina pelo fato do meu tipo sanguíneo ser negativo e do Luiz ser positivo, a enfermeira trouxe a vacina, tomei e fomos pra casa, até que enfim, lar doce lar.

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